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Rapsódia Negra - Corais de Empregados da Petrobras - 1988

esse é um disco em que a gente sempre esbarra por aí — seja no garimpo, seja no instagram de algum colecionador ou vendedor —, mas talvez você nunca tenha parado pra prestar atenção nele. rapsódia negra – corais de empregados da petrobrás foi lançado em 1988 com a seguinte justificativa: “a edição desse disco destina-se a assinalar duas das maiores datas da nossa história: o centenário da abolição e os 35 anos de criação da petrobrás”.

celebrar, ao mesmo tempo, “o centenário da abolição” e os “35 anos da petrobrás” num único disco sempre me pareceu, no mínimo, ideologicamente questionável. colocar esses dois eventos no mesmo patamar histórico é, sinceramente, bizarro — transformar uma abolição incompleta em motivo de comemoração institucional soa oportunista. e, nesse caso, acho que a petrobrás caiu nesse lugar.

o álbum traz composições de artistas populares que eu gosto, como dorival caymmi, milton nascimento, fernando brant, ronaldo bôscoli e wilson simonal. também aparecem nomes da música erudita como waldemar henrique, francisco mignone, heitor villa-lobos, dimas sedicias, josé emérico lobo de mesquita e padre josé maurício.

as interpretações ficam por conta de corais formados por funcionários da petrobrás, vindos de vários estados: rio de janeiro, minas gerais, rio grande do norte, são paulo — além do coral de aracaju.

as faixas que mais me chamaram atenção foram “cambinda elefante” (a4) e “banzo” (a5). e também a que mais a galera que conhece esse disco curte “banzu maracatu” (b5).